sábado, 11 de agosto de 2018

Conto erótico gay: fantasia da viagem (parte IV): primeiro reencontro

"Passaram-se alguns meses, e a empresa marcou um novo congresso, dessa vez em São Paulo. Fiquei muito animado com a possibilidade de rever o Beto, independente de conotação sexual; era legal rever o amigo mesmo. Àquela altura, depois de tempos de Facebook, mensagens de whatsapp e eventuais telefonemas, eu o tinha na conta de um cara querido, sem falar das provocações e das punhetas, que cada vez mais contavam com a presença dele em minhas fantasias. Nosso reencontro foi alegre e afetuoso, e me lembro quando nos abraçamos e senti as costas fortes dele nas minhas mãos, e o peito firme apertando o meu. Aquele reencontro não tinha essa pegada sexual, mas tudo me passou pela cabeça, e antevi que mais tarde, sozinho, no quarto, bateria uma punheta com o Beto na minha mente.

Como da outra vez, no final do dia, saímos juntos para um lanche e acabamos, de novo, sozinhos, em uma varanda, sob uma noite linda, trocando confidências e filosofias de vida. além das inevitáveis piadinhas de coisas gay, que sempre estão em conversa de homem. Nunca tive certeza se o objetivo delas é deixar claro a todos que a gente não é gay, ou o contrário.

Na volta de uma ida ao banheiro, encontrei o Beto pensativo, torcendo guardanapo. Ele deu um risinho meio amarelado quando me assentei. Uma luz refletia no óculos dele, uma canção do Dire Straits tocava no som ambiente. Ele estava lindo.

_Bonitão, ele disse... Você... Você se lembra daquele casal gay que a gente viu no elevador lá no Rio?

Senti uma lufada a mais de sangue me passando pelo pau:

_Lembro... Já pensei naquilo algumas vezes...

_É? E o que você pensa? - perguntou rindo.

_Bem... - Fiquei meio sem jeito. Não sabia o que dizer. - Sei lá. Acho legal, sabia.. De certa forma tenho inveja daquilo... Eles estavam lá, no maior tesão... Depois provavelmente iam voltar e trepar a noite inteira... Longe de tudo, secretos... - outra lufada; já sentia meu pau mais firme, se apertando por dentro da calça.

_É... Também acho... - E parou um longo momento. Ficamos ali em silêncio um pouco. Depois ele continuou: _Também tenho uma certa... inveja... - Outra pausa longa: _ Você... Você acha que... Sei lá... Poderia ter uma experiência gay na vida?

_Ah... Não sei... Sei lá... Quer dizer... - Eu queria dizer que sim, sim, sim, que eu era muito a fim, que eu daria o cu para ele aquela noite mesmo, se ele roçasse o pau duro na minha bunda, mas fui comedido: _ Eu... Eu casei muito cedo, né... Não tive na verdade tempo para experimentar muita coisa... Quem sabe, né... O que poderia ter acontecido...

_É... Eu também... - ele disse - Você nunca pensou nisso, nunca, sei lá, levou uma cantada, uma coisa assim?

_Bem... Acho que não... Mas... Uma vez, na adolescência, participei de uma sessão coletiva de punheta... - Ele riu, e os olhos dele se iluminaram. A conversa ia tomando outro peso, e eu já sentia aquela corrente do tesão passando dentro de mim. - Mas juro que ninguém pegou em ninguém! Era só um monte de menino e umas revistas de mulher pelada... Vai ver era desculpa, quem sabe... De todo jeito, foi só... Se alguém tivesse sido mais ousado... Vai ver minha vida podia ser outra... - Eu ri, mas não estava mais brincando. - E vi uma vez a Madonna dizendo que todo homem devia provar a língua de outro homem uma vez na vida... Confesso que isso me deu um tesão... E vi uma vez uma cena em um filme, "O padre"... Achei interessante, sei lá...

_Rs... Fiquei curioso para ver esse filme... Vídeos são coisas legais... - Quando ele falou isso, nossos olhos se fixaram um no outro. Eu acabei confessando:

_Bem... Um videozinho pornô na internet... Quem nunca, não é? Rs... - Ele riu também:

_Xvideos... PornoTube... - Ele disse, rindo para mim... Eu... Eu tinha uma vontade, uma curiosidade, sabe... Fantasio um pouco com essas coisas... Acho que se eu também não tivesse me casado tão jovem... Eu nunca participei de sessão coletiva de punheta, mas de vez em quando bato uma pensando em homem, assistindo aqueles vídeos...

_Ah, é? - Ri. - Cara... Nossa... Sei demais como é... Também tenho essas curiosidades... Essas fantasias...

_Minha mulher nunca quis fazer sexo anal, sabia... Eu sou doido para experimentar, rs... Fico imaginando um cara safadinho, sei lá... Rs... Você vai achar que sou doido...

_De jeito nenhum, cara... Penso parecido... Só que no meu caso fico mais é sem entender por que é que a minha não quer dar a bunda, que deve ser tão gostoso, rs...

_Rs... Sabe de que tipo de vídeos eu gosto? - E a conversa continuou por aí. Ele contou que gostava de quando o ativo comia o cara por trás, lhe beijando o pescoço, a boca, a orelha;eu retribuí, contando que eu gostava de ver as gozadas, os frots, os passivos gemendo... Quando percebemos, a conversa estava totalmente aberta, cada um se revelando ali. Voltamos para o hotel ainda falando daquilo tudo. Mas também falando de fidelidade, de compromisso, de amor pelas esposas, das coisas de que a gente abre mão para estar casado. Dentro do elevador, ele ainda queria saber:

_Olha... Foi muito legal essa conversa... Nunca tinha falado de nada disso com ninguém... Dá vontade de não parar nunca... Você acha que o que a Madonna disse... Do beijo... De provar a língua de outro homem... Sei lá... É uma coisa possível, concebível?

_Eu não sei ... Eu fico com vontade toda vez que penso nisso. - A porta do elevador se abriu. Ficamos um tempão ali, no corredor, cada um querendo, mas sem coragem de dar o passo, mas querendo...

_É... Bem. - E a coragem pareceu dar uma arrebentada ali. - É melhor a gente ir dormir. Muitas tentações... - Falou, pensando para si mesmo. - Fiquei animadinho com o papo, sabia? - E agora assumia outro tom, mais humorado. - Acho que vou acabar o papo comigo mesmo, no banheiro, re...

_Eu também - brinquei de volta. Exercitar minha viadagem! Me manda um nudie, hein!

_Kkkk! Pode deixar!

E nos separamos, aos risos, cada um para seu quarto.

Quando entrei e fiquei sozinho, me preparei para dormir. Minha cueca tinha ficado toda meladinha com a conversa. Eu sentia aquela sensação boa de quem estava com tesão e decidi ficar sem roupa mesmo. Ia me deitar e bater uma punheta gostosa pensando no Beto, sozinho na cama e gozar naquel lençol todo; a camareira que se resolvesse depois. Ia me preparando e, quando peguei o celular para ligar o alarme, havia uma nova mensagem do Beto no whatsapp. Abri, e lá estava uma imagem deliciosa do caralho dele, em pé como um poste, com a cabeça toda babada... Embaixo, uma legenda dizia:

"Aí está seu nudie, kkkkkkk! Bom proveito com seu exercício!"

Fiquei maluco de tesão... Aquela punheta foi uma das mais gostosas que eu já tinha batido na vida... Gozei muito, como desde adolescente eu não gozava... Depois tirei uma foto da porra espalhada sobre minha barriga, mostrando também o lençol manchado. Enviei para ele com minha própria legenda: "Kkkkkk! Vou falar para a lavanderia manda a conta para você!"

Não nos vimos mais naquela viagem. No dia seguinte, o Beto tinha deixado uma mensagem dizendo que o pessoal da cidade dele tinha decidido voltar mais cedo por causa de estrada. "Continuamos nossas conversas depois", ele prometeu, porém. Eu mesmo estava surpreso com o teor que as coisas haviam adquirido. Depois daquele dia, minhas fantasias ficaram cada vez mais frequentes, e eu nunca deixava de bater punheta pensando em macho, e a foto do pau do Beto eu salvei em um lugar secreto, que eu visitava sempre, para me deliciar com a perspectiva de enfiar aquela rola deliciosa entre minhas mãos, em minha boca e no meu rabo."

Nenhum comentário:

Postar um comentário