sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Um pouco da vida de um gay casado

Oizim...

Bem, eu nunca esqueço uma das raras vezes em que peguei um papo bom em um chat gay. Tudo estava legal, mas o carinha acabou ficando meio julgamental, como dizem os gringos. Lá pelas tantas ele disparou "Cara, sua vida deve ser um inferno"... Pô. Fiquei chateado. Achei um comentário desnecessário.

Mas realmente não é. Eu não vivo aqui em sofrimento eterno porque quero dar a bunda e sou casado. Tenho uma vidinha normal de acordar, sair para o trabalho, trepar com a esposa uma vez por semana e até olhar umas mulheres gatas na rua, como qualquer homem caretinha que não tem coragem ou não quer trair a mulher.

A única diferença é que eu fantasia com macho em vez de fantasiar com mulher. Quando consigo uma horinha para pensar sacanagem, gosto de pensar em mamilo de homem, em beijos, língua, braços fortes e claro que rola, grossa, dura, melada, sendo lambida, beijada, passada pelo corpo, ganhando impulsos carinhos da minha mão, durante os beijos apaixonados, ou enquanto algum dedo do meio se enfia deliciosamente no meu cuzinho... Fico só sonhando com essas coisas, pensando no contato com o corpo de outro homem, em uma benga me enfiando bem gostoso... Penso em como deve ser gostoso levar por trás, de lado, pela frente, sentado, deitado, do jeito que for...

Quando estou nesse estado, fico achando que vou ter coragem um dia, que vou sair na rua e achar um homem, que, se eu for ali na academia e alguém me paquerar, vai dar papo e vamos sair dali para um cantinho, onde pelo menos um pega-pega vai acontecer, que eu vou finalmente sentir a maravilha de um caralho para eu deliciar. Fico pensando que, afinal, isso não é tão o fim do mundo assim.

Mas, quando chego lá, não dá o mesmo tesão. Os homens lá, ao vivo, assim, não me despertam essa mesma fantasia. Acabo olhando é para as mulheres mesmo. É um restinho de educação machona, com certeza. Fico pensando que se um me quisesse, me chamasse, me passasse uma conversinha, que a coisa ia sim acabar rolando, que eu ia sim acabar cedendo. Mas também não acontece.

Em raros momentos que fico sozinho, gosto de colocar algum vídeo e assistir com mais liberdade, com um som um pouco mais alto. Adoro ver aquelas rolas duras se esfregando, os caras se beijando, gemendo, trepando muito gostoso. Fico louco de vontade quando vejo. Assistir a um desses acompanhado um dia seria delicioso.

Aí bato uma punheta, falo umas coisas baixinho para mim mesmo, enfio o dedo no cu, brinco de sentir essas coisas... Muitas vezes não deixo gozar... Guardo o tesão para depois trepar com minha esposa mais gostoso.

Culpa, vergonha, sentimento de traição, nada disso eu tenho em relação a essas fantasias puramente solitárias e virtuais... Pode ser, não sei, que se eu chegasse às vias de fato eu ficasse com a consciência pesada depois, isso se não fosse devorado pelo prazer e pela vontade de repetir. Não sei. Mas sozinho aqui eu acho que é direito meu. Sei que minha esposa ia me odiar se descobrisse que eu fico aqui batendo punheta vendo pinto duro e que tenho um blog secretíssimo só para isso, mas acho que essa é uma travessura minha. Ela que vá bater a ciririca dela como achar melhor.

Eu acho que deve ser muito gostoso dar a bunda ou mesmo ficar só num rela-rela com um macho bem gostoso e de pegada. Eu torço para que isso aconteça um dia. Sei que nunca vou ter coragem de tomar iniciativa para que isso aconteça, mas, se algum dia alguém encarar o desafio da sedução, tenho certeza de que vou ser uma putinha muito gostosa e que vai amar dar muito tesão para o seu macho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário