domingo, 23 de setembro de 2018

Conto erótico gay: fantasia da viagem (parte VIII): depois daqueles dias

" 'Eu estou arrependido.'

Foi isso que o Beto me escreveu na primeira mensagem que me enviou depois dos nossos dias de pegação no congresso na minha cidade. Fiquei desapontado, mas entendia o que ele estava dizendo... A volta para a casa não tinha sido fácil... Entrar em casa, depois de sentir na minha mão a rola dele, a porra dele, a língua dele, a boca dele, o corpo dele pesando em mim... Depois dos beijos dele, das mãos dele, ter que chegar de novo... Olhar no olho da minha mulher... A gente tinha escolhido ignorar tudo isso naqueles dias, mas, uma hora, a gente ia ter que olhar para as nossas mulheres de novo... É claro que não ia ser fácil...

_Você... Você não queria ter me pegado? - eu perguntei.

_Não é isso... - ele respondeu. - Não é disso que estou arrependido.

_Do que é, então?

_Eu queria ter te comido. Eu estou arrependido de não ter te comido gostoso. - meu pau cresceu quinze centímetros na hora. - Eu queria muito ter te comido. Eu estou louco de tesão por você. Eu só penso na sua boca, no seu peito, nas suas costas, na sua bunda... Eu não sei onde eu estava com a cabeça que te pus de quatro e meti gostoso em você...

Fiquei aliviado de ler aquilo, e morto de tesão.

_Beto, eu queria... Eu queria muito...

_Da próxima você não me escapa. - ele disse

_Espero que não...

Mas não era só isso. Olhar nossas mulheres era difícil mesmo. Eu continuava aquela trepada da sexta, mas não tinha tesão de verdade. O que eu queria era o pau do Beto, a língua dele, o dedo dele cutucando meu cuzinho... Mas tinha muito peso na consciência. Era horrível mentir. Ao mesmo tempo, pensava sempre em todas as questões, todas as dificuldades. O Beto falava disso também. Esse era um nó que a gente não sabia desamarrar. Mas estávamos totalmente dominados pelo desejo. A ideia da língua dele passando pelos meus mamilos era mais poderosa do que minhas resistências. Ligar o computador e achar uma mensagem secreta dele, uma foto do pau dele, uma gravação dele batendo uma punheta para mim, falar com ele quando conseguia ficar sozinho, ouvir a voz dele falando que me queria, que queria enfiar o pau grosso e melado no meu cuzinho, que queria sentir rebolando em cima dele, tudo isso me deixava doido.

Eu sonhava com o dia em que poderíamos estar juntos de novo, pensava em desculpas... Era tudo sofrido, mas era também muito gostoso. Eu queria muito saber resolver o problema da fidelidade... Eu queria não estar nem aí para isso... Trepar com o Beto, sentir o cacete dele dentro de mim tinha que envolver trair minha mulher... Essa era a parte triste da coisa.

_Eu sei... - ele dizia. - Eu sinto a mesma coisa... Mas ao mesmo tempo...

_O quê?

_Isso também me dá um tesão, sabia... Eu sei que não é certo, que eu não devia... Mas, quando penso em você, casado, seu cuzinho virgem... Penso na sua mulher lá, fora de casa, sem nem imaginar o que está acontecendo... E você fudendo gostoso comigo, trepando igual um louco... Isso também me mata de tesão... Não devia... Eu também me sinto mal... Mas não posso negar... Acho que você ser casado me dá mais tesão ainda... Te imaginar tentando resistir, e não aguentando de vontade...

_Ai, Beto... Essas coisas me deixam de pau duro aqui, sabia... Nem parece que é tão conflituoso... Eu queria que você estivesse aqui para fazer essas coisas que você fala...

E aí a gente batia uma punheta pela webcam, um o tempo todo mostrando "Olha aqui... Você quer, é?", ensinando "Quando a gente se ver, é assim que eu quero...", até gozar e mostrar pro outro a poça de porra...

Nós tínhamos ido o mais longe que dava. Dali em diante, só havia um caminho..."



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